Vou fazer um pacto comigo mesma
Pode ser até de sangue
Porque é um pacto
De mim rubricado por mim.
Pacto de enfrentar todo medo
Pacto de aumentar minha coragem
Pacto de não sentir tristeza
Pacto de não acomodar frente a falta de ideais.
Vou deletar tudo que não faz bem
Tudo que me deixa para baixo
Tudo que me constrange
E tudo que felicidade não abrange.
Kátia Bicalho - 30/05/2015
sábado, 30 de maio de 2015
sexta-feira, 29 de maio de 2015
O Poder da Oração
Acredite sempre
E sempre reze.
O terço é indicado
Para quem está atribulado.
Esse som tipo mantra
Muita luz produz
Chega a viciar
Mas com esse, pode ficar.
Fortalece e dá coragem
Alegria e intensidade
Torna a vida com o irmão
Uma verdadeira missão.
Kátia Bicalho - 27/05/2015
Frases que ouvi e às vezes falo
Bobo pra criar custa mas, criado, vale dinheiro.
Antes zero do que nada.
Maior fosse o dia!
Panacas, porta é passagem.
Quem quer vai, quem não quer, manda.
Envenena nóis Tião!
Ah! Cuá!!
Quem herda não furta.
Antes só do que mal acompanhado,
Quem caça, acha.
Comer e coçar é só começar.
Cochilou o cachimbo cai.
Quem desdenha quer comprar.
O uso do cachimbo deixa a boca torta.
Case seu filho com a filha do seu vizinho.
Antes tarde do que nunca.
O apressado come cru.
Nada como um dia após o outro.
Creio em Deus pai!
Em boca fechada não entra mosquito.
Não tem volta: a pedra atirada, a palavra dita e o email enviado.
Quem não chora não mama.
O povo não sabe de nada.
Quem avisa amigo é!
Cachaça não é água não!
Enfim, meus amigos
Rapadura é doce mais não é mole não!
Kátia bicalho - 26/05/2015
O Perdão
Mais difícil que não perdoar
Mais difícil que prova de matemática
Mais fácil magoar e abandonar
Talvez mais fácil matar.
Perdoar é tão difícil
Que não é coisa para fracos
Só os fortalecidos na fé
São capazes desses atos.
Quando pede perdão
A alma fica lavada
O corpo fica leve
Sua consciência iluminada.
Kátia Bicalho - 25/05/2015
Reinado
O rei a rainha
O sapo e o urubu
O príncipe e a princesa
O jacaré e o bode.
O jegue e o asno
A cobra e o corno
A aranha e o rato
A baratas e o asco.
A roda e o aro
A dama e o vagabundo
A dama e o vagabundo
A saia e o bordado
O mundo e o fim do mundo.
Kátia Bicalho - 25/05/2015
Furo Furado
Asfalto emendado
Paralelepípedo trocado
Buraco tampado
Pneu consertado.
Tapa buraco, tapa furo
Topa tudo, tapa tudo
Quem passa sempre reclama
Quem faz nem sempre acompanha.
Kátia bicalho - 25/05/2015
De Verdade
De verdade adoro assistir novela
De verdade enquanto vejo também escrevo
Uma frase dita às vezes repetida
Serve de inspiração e cutuca meu nervo.
De verdade adoro estar em casa
E ver minha cria estudando on line
Ouvir sua risada nos vídeos que assiste
E quando me chama Mããããe! Quem resiste!
De verdade adoro rotina
Trabalho, casa, limpa e ensaboa
Às vezes reclamo da monotonia
Mas na boa, adoro o cheiro de alho e cebola.
De verdade adoro meu telefone mudo
Meu watzap sem notificação
Meu micro ligado sem utilidade
E aquela moleza típica da idade.
De verdade sei que tem coisa melhor
Tem um furacão soprando lá fora
Mas dentro do meu apartamento
É onde a paz reina e a idéia aflora.
Kátia Bicalho -25/05/2015
A Culpa é Minha
Eu me amava
Não conseguia viver sem mim
Mas hoje não sei mais se me amo
Ou se quero viver longe de mim.
Anos se passaram
Eu fui mudando
Não percebi e também não vi
Que eu já não cabia mais em mim.
Só que não tive como fugir
Tive que engolir a mim, a seco
Fiquei entalada de mim mesma
O grito não saiu e nem deu eco.
E agora sem ser dona do meu eu
Culpo a vida por não me dar o que é meu
O tempo vai rapidamente arrastando
O meu eu continua me engasgando.
Kátia Bicalho - 25/05/2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Sexta Feira
Quanta espera por esse dia
Sonhos, promessas, crenças
Quanta espera nesse dia
Pelo amor, pelo bar, pela desavença.
Dia de faxina e de salão
Casa limpa, unha feita
No cardápio macarrão
Cozinha sem arrumação.
Tem gente que vai pra balada
Tem gente que fica abandonada
Tem gente que vê televisão
Tem gente que não quer saber de nada.
Com tanto peso nas costas
A sexta se arrasta e se curva
Deixa que os acontecimentos
Sigam a estrutura de cada criatura.
Kátia Bicalho -24/05/2015
Amadurecimento
Aqueles olhos claros sentiram a dor
A dor que doeu muito
Mas por tras daquelas retinas
Houve uma grande transformação.
O que parecia fraco
Foi mais forte que um tufão
O lugar onde se escondia a timidez
Ficou vazio e encheu-se de emoção.
O mundo não acabou
O castelo não ruiu
O dia novamente nasceu
E o ar voltou tranquilo aos pulmões.
Alívio foi a maior sensação
Que venha tudo que a vida preparou
Mesmo que não seja um mar de rosas
A criança a natureza debutou.
Kátia Bicalho - 24/05/2015
Porta Trancada
Fechar a porta do coração
Trancar a porta da ilusão
Jogar a chave fora
Passar a corrente e o cordão.
Fechar porque quer a certeza
De que tudo dará certo
Como cigana adivinhar o futuro
E confiar somente nesse credo.
Poderá resgatar a chave
Tentar outra alternativa
Se o desejo aflorar a tempo
De sair do frio e do relento.
Kátia Bicalho-24/05/2015
Mamão com Mel
Saudade do tempo
Que tudo era mais fácil
Mamão com mel se dizia
Quando o problema se resolvia.
O dia tinha vinte e quatro horas
Dava tempo para tudo
As pessoas se ajudavam
As notícias devagar chegavam.
Ninguém tinha muita informação
Memória não falhava então
Coisas ruins ficavam longe
Na nossa casa só alegria e emoção.
Foi-se o tempo que tudo isso
Tinha gosto de fruta com mel
Hoje transborda a taça
De problema e gosto de fel.
Kátia Bicalho - 07/05/2015
Creme de Cacau
Aí vem o frio
Aí vai minha alegria
Aí vem minha alergia
Aí vai toda folia.
O chuveiro não aquece
Sobe a conta de energia
A noite fica mais comprida
O pé congela e o nariz esfria.
Ai a fome aumenta
Aí vem o quente mingau
Aí a boca queima e estoura
Aí vem o creme de cacau.
Aí é ver novela debaixo do cobertor
Aí vem o cochilo internitente
Aí tem que calçar a meia de lã
Aí até o frio fica quente.
Kátia Bicalho – 25/05/2015
Mantra
A Ave Maria diária
No cair da tardinha
Andando vagarosamente
Da sala para a cozinha.
O som constante e monótono
As contas de madeira passando pelos dedos
O pensamento concentrado
O tempo aproveitado.
A mente vai se tranquilizando
O coração fica em paz
As idéias vão surgindo
E o mundo assim se refaz.
Kátia Bicalho - 24/05/2015
Caminhãozinho
Agora tenho mais amiguinhos
Todos eles amontoados no caminhãozinho
São simples trabalhadores mundanos
Com sua vida e lida ali carregando.
Os homenzinhos de barro
São tão ingênuos e engraçados
E parecem dizer com o olhar
Que estão felizes e cansados.
A lida suada e sofrida
Não sobressai na escultura
Na fisionomia transparece
O orgulho de sua cultura.
O caminhãozinho mal engrenou
E logo se espatifou
Pela cortina içado
Ao chão foi atirado.
Emendado a cada pedaço
Com olhos chorosos, lacrimejados
Com ajuda de cola quente
Foi reconstruída a vida dos coitados.
Ficou até mais real
Foi colocado em lugar seguro
Parece que não perdeu energia
E nem seu futuro ficou obscuro.
Kátia Bicalho -29/04/2015
Amor do passado
Comer e coçar é só começar
Diz o dito popular.
Além de comer e coçar
Tem outra coisa que é batata:
Reencontrar no presente
Amor deixado para trás.
É só tocar no assunto
Que a emoção tende a fluir
O problema é que a gente
Conhece o final da história
E por isso vai devagar
E não canta antes a vitória.
Mesmo contra a corrente
Melhor pensar em encarar
E se o amor ressurgir
Valeu a pena recomeçar.
Kátia Bicalho - 04/05/2015
Projeto Novo
Quero um projeto novo
Que seja como uma mãe
Forte na missão de proteger
Invencível quando a vida fenecer.
Que se espatife pelo amor
Que não se quebre num toque de dor
Que não esmoreça diante de outra promessa
Que siga como um projétil por onde for.
Projeto feito o da fera para bela
Do Romeu para Julieta
Do Édipo para a mãe
Do vivo para o que vai falecer.
O projeto da nova criança
O projeto da nova mudança
O projeto de iniciar a andança
O projeto que remeta à infância.
Kátia Bicalho -24/05/2015
quinta-feira, 7 de maio de 2015
Jogo
Jogo, não jogo
Me jogo, não jogo
Arrisco, ai, ai ai,
Se fico, me enrosco.
Se me enrosco e gosto
Se não gosto, acho sem sal
Se não gosto, desenrosco
Se saio, fico mal.
Se perder o tino
Se não tomar juízo
Se pisar nesse abismo
Se cair só o coração?
Raios, ventos e trovões
Tempestade de granizo
Parece o meu mundo
E nele agonizo.
Sopro novamente o vento
Enxugo a enxurrada da tempestade
Fico meio seca, meio molhada
E quase pela metade.
Kátia Bicalho - 04/05/2015
Zona de Conforto
Não era pra rir e eu não ri
Não era pra chorar, mas eu chorei
Não gostei do que senti
Não consegui pedir, só implorei.
Quero me ver e contestar
Quero ser fiel às minhas emoções
Quero ser fiel à dor das pessoas
Quero ser solidária aos sofridos corações.
Preciso de força e mais coragem
Preciso sair da zona de conforto
Preciso procurar minhas raízes
Preciso andar reto no caminho torto.
Procuro um amor, mas não quero me prender
Procuro uma luz, mas não quero brilhar
Procuro uma crença, mas não quero crer
Procuro no escuro um caminho para trilhar.
Se encontrar, te aviso
Se for verdadeiro, continuo
Se precisar parar, resisto
Se tiver que continuar, insisto.
Por isso, sigo em frente
Por isso, respiro fundo e solto
Por isso, sempre despeço
Por isso, também sempre volto.
Kátia Bicalho - 04/05/2015
Pinto no Lixo
Criança brincando no parque,
Amigos jogando futebol,
Adolescentes no cinema comendo pipoca,
Mulher em loja de sapato e lençol.
Tocador de cavaquinho em roda de samba,
Mineiro em férias na praia de um arraial,
Amigas de infância viajando juntas,
Qualquer pessoa em rede social.
Existem situações inesquecíveis
De alegrias sem fim,
Como pinto no lixo,
Pessoas ficam assim.
E quem viu e vê
Alegria tão intensa
Cresce mais um pouco,
Na vida pensa e repensa.
Kátia Bicalho - 29/04/2015
Isabel
Muito discreta e educada
Foi chegando tipo Zem
Conquistou com seu jeitinho
E a GEREPI disse amém.
Aos poucos fomos descobrindo
Uma grande artista plástica
E também sua competência
Na criação da arte literária.
Pouco tempo aqui ficou
Mas raízes forte plantou
Sua amizade deixou
E nosso carinho levou.
Nosso convite está de pé
Para sempre aqui aparecer
Agradecemos pela contribuição
Foi muito bom trabalhar com você.
Kátia Bicalho- 27/03/2015
Homenagem a uma colega que se aposentou.
Nilce Maria
Sempre alegre e animada
Nunca deixou a peteca cair
Agora essa mais nova aposentada
Só vai pensar em se distrair.
Os setenta não apresenta
É gente de puro hormônio
Pra ela daria uns quarenta
Se não fosse plaquinha de patrimônio.
Sua família de quatro mulheres
Deve ter TPM pra mais de metro
Júlia, Camila e Ana Clara
Estão felizes com você por perto.
Continuaremos a nos encontrar
De preferência no seis e um
Venha sempre nos visitar
Até aposentar um a um.
Kátia Bicalho-27/03/2015
Homenagem a uma colega que se aposentou.
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