O poeta precisa da música e do violão,
Do descanso e da fadiga, do beijo na boca e na mão.
O poeta precisa de amor mal resolvido,
De viver nova paixão, de não ser nunca entendido.
O poeta precisa morrer a cada dia,
De rir de si próprio, de ter sua história perdida.
O poeta precisa de suar todo seu corpo,
De travar a sua língua, de nunca encontrar seu porto.
O poeta precisa do brilho do sol e da lua,
De gente falando baixo mas, do povo gritando na rua.
O poeta precisa de torpor em sua mente,
De não saber definir se é dor ou amor o que sente.
Kátia Bicalho - 21/03/2015
Poema selecionado para compor a agenda CRO 2016.