quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Vento Frio



Pela fresta vai entrando
Nem despista e entra assombrando
Vai procurando a gente
E tem preferência pelo nariz, mão e dente.

Sempre fica uma brechinha na janela
Que ninguém encontra a fresta
Aí ele entra e sopra, gelado e fino
Tocando os pés como formiga na floresta.

Talvez alguém consiga explicar
O porque desse vento frio querer entrar
Saberá ele que lá fora
Será livre como os pássaros sem gaiola?

Kátia Bicalho – 20/07/2019 

Não tem como voltar



O tempo confirma
Ele está passando.
Não tem como voltar
Nem como adiantar.

Por isso hoje, escute seu coração,
Escute seu bolero predileto
Com uma taça do seu melhor vinho,
Com sua melhor roupa.

Pense, pense, pense
Tente lembrar o que te faz feliz,
O que te remete a bons momentos.
Resgate os acontecimentos.

Mas não estacione aí
É parada proibida
Porque o dia, o watzap e a noite
Te cutucarão e te darão um açoite.

Kátia Bicalho – 20/07/2019

Amor Imortal



Comecei a ler, aliás estou quase acabando
O livro imortal: Marília de Dirceu.
Estou perplexa e aturdida
Esse amor existe mesmo ou são palavras perdidas?

Todo o mundo de uma pessoa
Girando em torno de outra
Nada mais existe, nada mais importa
Só enxerga a vida se vê o outro entrando pela porta.

Sei não, isso eu não vivi
Não posso falar se é bom ou ruim
Realmente, só quem isso sentiu pode declamar,
Aos quatros cantos, o que é essa forma de amar.

Kátia Bicalho – 20/07/2019

Ouvindo Bolero


Ouvindo bolero ouço a frase
“Você tem o amor que merece.”
E agora José?
Nada tenho, nada mereço?

Onde errei ou será que melhor perguntar onde acertei?
Acertei na mosca, no meio do alvo
Ou o tiro saiu pela culatra
Não restou nem amor nem a lata.

Para quem gosta de bolero
Tempos idos são maiores que os que virão
Portanto, esqueça a competição
Medalha de ouro não ganha mais não.

Kátia Bicalho – 20/07/2019

Fazer o Bem



Fazer o bem sem olhar a quem.
Sem enxergar ninguém.
Mas quem é este quem?
Aquele mal amado que não te quer bem ou
Aquele que lhe quer mal e desiste de fazer o bem.

Fazer o bem onde nem o bem vem
Tornar-se bem onde só o mal intervém
Mal e bem nunca chegam a um acordo
O mal não faz o bem, pior que tem bem que não faz também.

Kátia Bicalho – 20/07/2019