domingo, 4 de maio de 2014

ANTÔNIA CLAUDINA

Diz a lenda que a carruagem
Toda dourada e florida
Deixou pequena criança
Como gratidão pela acolhida.

Linda, loura e de olhos azuis
A pequena cresceu imponente
Pois tinha rodando no corpo
Um sangue nobre, diferente.

Essa criança de quem falo foi minha tataravó
E dizem que sua história enterrada está
Numa garrafa bem arrumada
Na fazenda onde foi deixada.

Vida longa teve a moça
E como herança deixou
Um sangue azul em nossa veia
Que muito exigente nos deixou.

Minha prima maneira
No túmulo da outra sapateia
Pois culpa o sangue azul
Por estar ainda solteira.

Kátia Bicalho – 16/11/2013

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