Boca Santa, boca de pito
Boca de lobo, boca de sapo
Boca de golo, boca de caçapa
Boca no trombone, boca da
noite.
Boca torta, meia boca
Boca de jaracuçu, boca de
jacaré
Boca do túnel, boca do
estômago
Boca suja, boca a boca.
Boca furada, boca de urna
Boca de forno, boca do inferno
Boca de lata, boca do povo
Boca de sino, boca de
menino.
Uma coisa que digo
E que não dá para aceitar
É a injustiça do mundo
Mandar a boca calar.
São tantos tipos de boca
Que nem dentistas conseguem
catalogar
Mas só a sua boca meu bem
Quero profundamente beijar.
Poesia selecionada no
concurso cultural CRO para compor a agenda 2015.
Kátia Bicalho – outubro/2014
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