quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Casa Sede da Família

Família grande de dez irmãos
Só um já falecido
Todos  muito diferentes
Ao mesmo tempo tão parecidos.

Muitos problemas até complicados
À procura de soluções estão engajados
Com muita vontade de resolver
Com muito carinho para dar e receber.

Vou sentir saudade
Até desse tempo difícil
Mas com o passar da idade
A separação é imprescindível.

A casa sede da família
Já não tem tanto calor
Um dia será vendida
E dinheiro nenhum pagará seu valor.

No quintal mato crescido
Dificulta caminhar agora
Difícil atravessar os gravetos
E chegar no pé de acerola.

A cana caiana mais distante
Deve estar doce e macia
Porém chegar até ela
Desafia os ossos da bacia.

Um pintinho amarelinho
Piando sozinho desolado
Deve ter se perdido da mãe
Que ficou no quintal ao lado.

A lenha acumulada ao longo dos anos
Foi retirada e doada
O abacateiro crescido ao lado
Pelo vento forte foi quebrado.

A piscina abandonada
Com muita água parada
Até começou a ser limpa
Mas continua verde a danada.

Estas cenas para mim são fortes
Pois na história sou apegada
Por isso em versos registro tudo
Para quando a lembrança for apagada.


Kátia Bicalho- 01/02/2015

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