Guardo como lembrança
Daqueles tempos que sempre falo
Só que por descuido
O lampião caiu do armário.
Com tanta força despencou
Que quase nem caco sobrou
Aquele que um dia iluminou
Nem sabe no que se transformou.
Iluminou tantas prosas boas
Tantas brincadeiras em noites altas
O cheiro do querosene queimando em pavio
A conversa solta como telefone sem fio.
Com carinho juntei tudo
E enrolei num jornal em cima da pia
Vai-se embora como tantas outras coisas
Que fizeram sem saber, história um dia.
Kátia Bicalho
11/08/2015
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