terça-feira, 8 de setembro de 2015

Um dia sem voz

Um dia sem nada falar
Sem saber a cor da voz
Se é rouca, aguda ou grave
Se ainda está na garganta.

Um dia sem expor os pensamentos
Muito menos os sentimentos
Um dia sem nenhuma interação
Um dia vivido em vão.

Um dia sem ouvir também
Voz de nada, de ninguém
Um dia mudo e surdo
Um dia para se viver o absurdo.

Um dia vago e quente
Dia seco e silencioso
Sedento de água e som
Céu claro de uma intensa calmaria.

Esse dia vai passar como os outros
Vai escrever seu momento na história
Vai escurecer e depois amanhecer
Mas esse será outro dia.


Kátia Bicalho – 16/08/2015

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