sábado, 16 de janeiro de 2016

Mulher Viva

Mulher explosão
Mulher brilhante
Esculpida em carne e osso
Encantadora e radiante.

Mãe durona,
Impõe limite.
Também lambe as crias, porém
Obedeça, antes que se irrite!

Energia que dá e sobra
Alegria que vai e volta
Expansão de vida no ar
Difícil não se aproximar.

Mulher destaque de carnaval
Mulher sirene de bote no pantanal
Mulher de corpo farto e sensual
Mulher como outra, única, sem igual.


Kátia Bicalho – 13/01/016

Que figura aquele Zé
Lindo homem! Cara lisinha.
Pele morena, fala doce.
Lindo homem! Alma feminina.

Zé que encanta com gesto natural
Zé que vive como criança no quintal
Zé que em banho frio de rio
Volta às origens do amor de pai e filho.

Zé que é amigo, quase mãe
Zé que apazigua nos desencontros
Zé que ama outro e é amado
E transborda esse amor para todo lado.


Kátia Bicalho – 13/01/16

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Lembranças

Lembrar de tudo
Esquecer de tudo
O que será melhor
Neste mundo obscuro.

Bons momentos que não voltam
Maus momentos que fincaram pé
Vidas que se desenrolaram
Destinos que se desencontraram.

Mais conexões
Menos emoções
Menos conexões
Mais emoções.


Kátia Bicalho - 08/10/2015

Limite

Limite de tempo
Limite de idade
Limite de viço
Limite de castidade.

Limite de energia
Limite de pele macia
Limite de dedicação
Limite de cuidar da emoção.

Limite de curtir tudo que se vê
Limite de aguentar beber
Limite de guardar o saber
Limite do que dar a você.

Limite do tempo que não para
Limita da água que era clara
Limite da alergia que não sara
Limite da fala que se cala.


Kátia Bicalho – 10/01/2016 – Bonito – MS 

Água do rio Sucuri

Água que corre cristalina
Que segue a mesma linha
Às vezes desvia para a beira
Mas retorna como à procura de uma parceira.

Água que sacia a sede e acalma
De temperatura fria porém amena
Que espanta da alma
Tudo aquilo que envenena.

Água que se emoldura pela mata
Que fala com silêncio de útero materno
Que ensina como mãe bondosa
Que tudo é divino mas nada é eterno.


Kátia Bicalho – 10/01/2016 – Bonito - MS

Desengano

Sabe de uma coisa
Eu sou eu, não sou você
Se eu achar que dá
Não vou te perguntar.

Viajar no pensamento
Mesmo sem seu consentimento
Pensar em nós dois juntos
Quem sabe até casamento.

Viagens para Moeda, Milho Verde, Austrália
Aniversários de primos, sobrinhos, irmãos
Divisão de tarefas, problemas e cama
Âncora para a angústia e opressão.

Viajar na maionese, escorregar no quiabo
Traçar plano de uma vida em comunhão
Sei que no fundo é coisa do diabo
Cutucando com o tridente um velho coração.


Kátia Bicalho – 28/12/2015

Descompasso

Nesse ritmo nesse passo
Danço, laço, abraço e me acho
Solto o corpo no embalo
Fecho os olhos e sinto o contato.

Fico assim sem pensar
Só o corpo a bailar
O som envolve e inebria
E se arrasta pelo dia.

Sem nada a articular
O mundo em outra energia
Tudo resolvido, sem pendências
Tudo calmo, sem rebeldia.

Nada virtual, olhos fechados
O que se faz a mente é que guia
Roda, roda, dois pra lá dois pra cá
O sorriso mostra a alegria.


Kátia Bicalho – 28/12/2015