Cinzas de um amigo,
Colega de infância, companheiro de jornada.
Tantos papeis assumidos, tantos caminhos percorridos,
Vida feliz, completa, repleta, nada quieta.
Restam cinzas, mas elas não são cinza.
Vejo nelas todas as cores: cores da praia de Geribá,
Cores do bloco de carnaval Geriboi, cores das caranguejadas,
Cores das conversas animadas, sempre regadas com aquela
cachacinha.
Vejo cores da cidade de Macaé,
Cores da plataforma, do petróleo, do escritório
Cores de todos os peixinhos do fundo do mar,
Cores de todos os sóis e de todos nós.
Cores de Bom Jesus do Amparo, sua terra de coração,
Cores da família extensa, linda e acolhedora,
Cores dos amigos, dos conterrâneos, dos contemporâneos.
São cinzas coloridas, vividas e que jamais serão
esquecidas.
Kátia Bicalho – 12/10/2019
(Dindinha Num)
Nenhum comentário:
Postar um comentário