Quando vou ao seu encontro
Sei que estou indo rumo ao meu desencontro
Tento resistir, mas o
cálice cheio está bem ali
Dou um passo para trás, porém o objeto não sai da minha
mira.
No fundo sei que nada, nada sei
Do enfrentamento da cruz e a espada,
Do choque anafilático causado pelo medo
Do dominador que realmente domina a cena.
O teatro já não se apresenta
Como foi escrito e ensaiado
Mas sim como o diabo dita
Resiliente insiste a emoção
Que rapidamente se transforma em choro e decepção.
Sobra o gosto do impossível vivido
O arrependimento por não ter morrido.
Kátia Bicalho – 21/10/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário