quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Nós, a vida, os vaga-lumes

Gente, com que saudade me lembro

Da minha primeira infância

Rodeada de vaga-lumes ao anoitecer.

 

Na cabeça infantil

Fazia do bichinho de luz, minha lanterna e

Saíamos pelo quintal, em busca de aventuras

Numa relação de cumplicidade.

 

O céu descia ao chão

Pois estrelas piscavam dentro e fora do porão

E o céu se estendia pela rua

Polvilhado de pontinhos luminosos.

 

Já não os vejo mais, meus companheiros da infância

Nessa época de luz de led.

Vejam essa história:

Outro dia apareceram na casa da minha sobrinha

Quando o fogo devorava as matas pelas bandas de lá.

 

Ela desesperada enviou mensagem:

Seres extraterrestres invadem minha casa!

Ao ver a foto quanta graça achei e que alegria senti

Ao reconhecer meus amigos de infância .

 

Dos tempos de criança pra cá

A vida seguiu seu fluxo, seu trajeto,

Ora com eles, ora com elas, ora com lumes

Às vezes vaga, mas com gostosas lembranças de vaga-lumes.

 

Kátia Bicalho - 07/11/2020

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