Com os dedos calejados
De tanto apertar as cordas
Sempre em busca da perfeição
De um som limpo totalmente despojado.
Cítara, guitarra, harpa, flauta, gaita
Instrumento sozinho não se destaca
Toda sonoridade só lhe é tirada
Se dedos e bocas, doloridos, aguentam o tranco.
Autoridade se dá, se cria, se manifesta
A nota musical quieta não vira orquestra
O fio eletrizado, como uma ave, agudamente pia
E dali a vida se desprende e se inicia.
Santa música , santo som, santa vida
Uma dádiva essa capacidade
Inertes instrumentos de aço e madeira
Emocionam coração mesmo aquele que cria teia.
Kátia Bicalho = 19/12/2020
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