sexta-feira, 25 de junho de 2021

Sons agudos

 Com os dedos calejados

De tanto apertar as cordas

Sempre em busca da perfeição

De um som limpo totalmente despojado.

 

Cítara, guitarra, harpa, flauta, gaita

Instrumento sozinho não se destaca

Toda sonoridade só lhe é tirada

Se dedos e bocas, doloridos, aguentam o tranco.

 

Autoridade se dá, se cria, se manifesta

A nota musical quieta não vira orquestra

O  fio eletrizado, como uma ave, agudamente pia

E dali a vida se desprende e se inicia.

 

Santa música , santo som, santa vida

Uma dádiva essa capacidade

Inertes instrumentos de aço e madeira

Emocionam coração mesmo aquele que cria teia.

 

Kátia Bicalho = 19/12/2020

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