segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Trevo de Quatro Folhas

Todo desenho que faço
Tem um trevo de quatro folhas
Diz a lenda que  esta planta
Traz sorte e coisas boas.

Acho que isso faz sentido
Quando olho meu passado
Apesar de pequenas adversidades
Parece uma pintura de um quadro.

Nunca fui ambiciosa
Por isso dinheiro não juntei
Mas tudo que eu quis na vida
Com determinação arrumei.

Acredito que nesse mundo
Tudo pode ser possível
Desta forma não desanimo
Mesmo que o sonho não esteja acessível.

Vou continuar desenhando
Em todo pedaço de papel
Meu trevo de quatro folhas
Que transforma fel em mel.


Kátia Bicalho – 08/12/2014

Caminhada Final de Tarde

Caminho na avenida
No friozinho da tarde
Pensando como foi o dia
E o que fazer com o passar da idade.

Reflito, sonho e olho
As coisas que existem ao redor
Gente proseando na calçada
Carros, bares, música em ré menor.

A serotonina corre no sangue
Enquanto folhas caem no chão
Sonhos rodopiam na mente
Sem possibilidades de realização.

Buzinas gritam no ouvido
Pelo time que ganhou
Motos transitam na contramão
Demonstrando falta de educação.

Em passos largos os caminhantes
Determinam e traçam a corrida
Penso que não sabem discernir
O que vale a pena na vida.

Procuro por onde passo
Por todos os lados e frente
Alguém que deveria estar ali
Seria o meu melhor presente.


Kátia Bicalho- 08/12/2014

Nova Crença

Onde parou sua fé
Onde se escondeu
Depois de tanta reza
Teu Deus não te respondeu?

Onde mora esse Ser
Nas nuvens, e se chover
No céu, no ar
E se um avião passar?

Esta energia positiva
Em seu coração está
Seu poder vem de dentro
Você tem que acreditar.

Pode rezar, orar, meditar
Vale a pena a intenção
Limpa as impurezas do mundo
E deixa aberto um canal de ação.


Não importa a situação
A beleza, nobreza, a plebe
Se sua alma não vê
Aquilo que o espelho reflete.


Kátia Bicalho - 08/12/2014

domingo, 7 de dezembro de 2014

Mãos Fortes

Mãos de ferro
Mãos de mães
Mãos que fazem
Mãos que constroem
Mãos que destroem
Mãos que limpam
Mãos que acariciam
Mãos que escrevem
Mãos que envelhecem
Mãos que pintam
Mãos que curam
Mãos que salvam
Mãos que exalam amor.

Kátia Bicalho - 07/12/2014



De A a AZ

Preciso ser rápida
Como os rápidos
Lenta
Como os lentos...
Ásia
Azia
Jazz
Faz
Fazia
Gás
Paz
Jia
Gelo
Gil
Galo
Gente
Parente
Ausente
Saliente
Contente
Vem
Faz
Novo Jazz
Vem
Vai
Acabar
Acabou.


Kátia Bicalho - 07/12/2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Heloísa

Amiga , colega, companheira
Recebe a todos com cordialidade
Moça de tradicional família mineira
Representa bem a verdadeira amizade.


Mãe, mulher, trabalhadora, guerreira
Está sempre atenta aos acontecimentos
Organiza tudo da melhor maneira
E assim não perde os melhores momentos.


Que bom que a conheci
No pátio do colégio
Pois ter sua amizade
Para mim é um privilégio.

Desejo que nesta agenda tão simples
Heloísa, Guilherme, Geovanna e Luiz
Durante o ano possam juntos escrever
A cada dia um momento feliz!

Kátia Bicalho – 26/10/14
Dedicatória para Heloísa na agenda do CRO


Keila

Keila baixinha intrigante
Do tamanho de um picolé
Em altura seus meninos
Já lhe deram um olé.

Amiga de todas as horas
Vive a vida com emoção
Não se abate com problemas
Limonada faz do limão.

Essa pequena loirinha
Carrega um imenso coração
Parece uma fada madrinha
Espalhando luz com seu condão.

Nesta agenda estão os dias
Sem nada anotado
Desejo  que possa preencher
Com muito sonho realizado.

Kátia Bicalho- 26/10/14

Dedicatória a Keila na agenda do CRO.

Estrela Ester

Ester Ligória escova os dentes
Repetia o incansável primo Zito
Quando via a tímida menina
De sorriso tão bonito.

Seu sorriso foi e é
Um traço de sua história
Pois igual não tem
Na linhagem de Ligória.

Prima Ester, prima amiga
Da querida família de Tio Zé
Desta vez a agenda é sua
Anote nela o que quiser.

Kátia Bicalho- 26/10/14

Dedicatória a Teté na agenda do CRO

sábado, 29 de novembro de 2014

O Menino das Flores

Para o dia seguinte, flores
Para o nascimento, flores
Para enfeitar o jardim, flores
Para encantar seu amor, flores
Para o bouquet da noiva, flores.

Para enfeitar a igreja, flores
Para finados, flores
Para a abelha fazer o mel, flores
Para o beija-flor parar no ar, flores
Para a primavera, flores.

Lembro do menino de rua que cantava
"Flores, flores, o mundo são feito de flores"
e depois depositava flores em minha janela .
Ele foi enxotado pelos vizinhos
Que, com certeza, não recebiam flores.

Para todos, bons e maus, flores
Os primeiros por merecimento,
Os outros para tentar mudar
E ter novo comportamento.

"Flores, flores, o mundo são feito de flores"
Por onde andará o menino
Que depositava flores em minha janela
E que foi enxotado pelos vizinhos
Que, penso eu, não recebiam flores.


Kátia Bicalho -06/11/2014

Dor da Solidão

Dia difícil para a solidão
Ficou tão só nada no ar
Que não conseguiu se ver
Por isso não saiu do lugar.

Solidão fora dos padrões
Fora dos propósitos elencados
Solidão de alma e de corpo
De virtudes e de pecados.

Onde buscar neste momento
Um novo pensamento
Que mostre outro caminho
Que livre deste tormento.

Na triste viagem interior
O sangue parece talhado nas veias
Órgãos apodrecem com o veneno
Destas necessidades alheias.

Da memória vem o ácido
Que raleia o líquido vital
E das entranhas novo calor
Temperado com muito sal.


Kátia Bicalho - 22/11/2014

Órgãos dos Sentidos

Olhos que ardem, lacrimejam
Olhos que veem longe o fim
Olhos que procuram por todos os lados
Alegrias, cores, amores enfim.

Ouvidos que ouvem vários sons
Muitos bons, outros ruins
O que é bom entra por um lado
O ruim sai escorraçado por mim.

Boca que come, bebe e fala
Grita por todos os poros
Abre e fecha, fala e cala
Sente o fel , gosto ruim.



Kátia Bicalho- 22/11/2014

Nada de Mim

Descobri neste exato momento
Que não sei nada de mim
E neste vasto desconhecimento
Descubro uma história sem fim.

Este eu tão desconhecido,
Tão carente de vida e sentido,                                                                           
Vive assim por conveniência,
Sem mostrar seu peito ferido.

No cantinho do seu céu
Vive sem ter prioridade
Debaixo do seu negro véu 
Se esconde do brilho da claridade.

Toda proposta de mudança
Nem o travesseiro alcança
E, o sonho, supremo senhor
Viaja em desordenada andança.

No abismo totalmente vazio
Tudo fora do alcance da visão
Precisa chegar ao fundo
Para por o pé no chão.



Kátia Bicalho- 22/11/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014

BEIJO DA PAIXÃO

Na boca o sorriso que inebria
Evidenciando o brilho intenso dos dentes
Estes que mordiscando seios
Corpos também enrijecem.

Boca que diz palavras santas
Sussura outras chulas e profanas
Mistura de amor e pecado
Em um misto de sóbrio e embriagado.

Boca que saboreia o sal e o doce
Que canta o amor realizado
Que descansa entreaberta
Pousada em peito molhado.

Boca em suas várias formas
Que tanto combinam com paixão
Que no beijo quente e intenso
Rasgam a alma e o coração.



Kátia Bicalho – 26/10/13

LÍNGUA DE TRAPO

No meio da cabeça
Tem testa, nariz e lábio
Quando o último se abre
Você é triturado.

Não digo somente pelo dente
Que se mostra alinhado
Mas pelas palavras que saem
Deste músculo afiado.

Quem engorda, casa ou descasa
Na língua tem sempre morada
Não tem segredo no mundo
Que desta praga escapa.

Quem dá trelas a esta megera
Ao isolamento está fadado
Pois ouvir língua de trapo
É reclusão dos diabos.


Por isso deixo aqui
Pra quem quiser ouvir
Não dê ouvidos a esta cobra
E trate de se divertir.

Luta inglória , luta perdida
Que se trava contra essa malvada
Tampe os ouvidos , feche os olhos
Que assim a vitória será confirmada.



Kátia Bicalho– 26/10/14

BOCAS


Boca Santa, boca de pito
Boca de lobo, boca de sapo
Boca de golo, boca de caçapa
Boca no trombone, boca da noite.

Boca torta, meia boca
Boca de jaracuçu, boca de jacaré
Boca do túnel, boca do estômago
Boca suja, boca a boca.

Boca furada, boca de urna
Boca de forno, boca do inferno
Boca de lata, boca do povo
Boca de sino, boca de menino.

Uma coisa que digo
E que não dá para aceitar
É a injustiça do mundo
Mandar a boca calar.

São tantos tipos de boca
Que nem dentistas conseguem catalogar
Mas só a sua boca meu bem
Quero profundamente beijar.

Poesia selecionada no concurso cultural CRO para compor a agenda 2015.

Kátia Bicalho – outubro/2014

domingo, 26 de outubro de 2014

CHÁ DE PANELA- ADRIANA E LEANDRO


A morena faceira
Do cabelo encaracolado
Está transformando em marido
O eterno namorado.

Para o penteado do dia
A chapinha foi eleita
E na negra madeixa
Luz já foi feita.

A grossa sombrancelha
Já está fina e arqueada
E a cada dia que passa
Uma mudança é notada.

O casório tá chegando
E a emoção aumentando
Com o chá de panela
A cozinha vai montando.

Muitas delícias serão feitas
Com os presentes que ganhou
Mas não se enganem os amigos
O principal tempero é o amor.


Kátia Bicalho - 13/10/14

domingo, 4 de maio de 2014

QUERÊNCIA

Queria escrever coisas leves
Estar alegre
Mais alegre
Queria ver o mundo diferente
Colorido
Mais colorido
Queria sentir forte a fé
A verdadeira fé
Crer mesmo
Queria ter um amigo
Bom ouvinte
Compreensivo
Queria querer menos
Querer pouco
Querer real.


Kátia Bicalho – set/1982

NOVA ILUSÃO

Mais uma emoção
Mais uma vez coração bate forte
Mais uma presumível decepção.

Se ficar parada perde a oportunidade
Se for rente em frente
Pode se perder na ilusão.

Não tem receita de bolo
Não tem mágica nenhuma
Não tem idade que conte
Coração é atemporal.

É também traiçoeiro
É coragem e covardia
É caminho é sombra
É medo e vontade.

Cabeça é para pensar
Com o coração não adianta conversar
Ele sempre teima em experimentar
E o tempo depois dirá.

Kátia Bicalho– 24/12/13

MEDE SINA

Viver, viver
Viver e sofrer
Sofrer e morrer
Morrer, renascer.

Neste ciclo de vida
Incluo minha sina
Para transformar a estrofe
Através da medicina.

Viver e sofrer
Só se for por amor
Pois paixão com outra se cura
E a dor se desestrutura.

A outra no entanto
Só causa desencanto
Nesta vou atuar
E vida nova ofertar.

Kátia Bicalho – 16/02/14 . Fiz para Maria Eugênia levar para faculdade, a pedido dela.

ANTÔNIA CLAUDINA

Diz a lenda que a carruagem
Toda dourada e florida
Deixou pequena criança
Como gratidão pela acolhida.

Linda, loura e de olhos azuis
A pequena cresceu imponente
Pois tinha rodando no corpo
Um sangue nobre, diferente.

Essa criança de quem falo foi minha tataravó
E dizem que sua história enterrada está
Numa garrafa bem arrumada
Na fazenda onde foi deixada.

Vida longa teve a moça
E como herança deixou
Um sangue azul em nossa veia
Que muito exigente nos deixou.

Minha prima maneira
No túmulo da outra sapateia
Pois culpa o sangue azul
Por estar ainda solteira.

Kátia Bicalho – 16/11/2013

LUMEN

A música ressoa pelos ares
Infinitum est o orgulho
Petit enfants enchem o espaço
Contralto, mezzo, sopranos ao vento.

Cantam e encantam
Tornam a cantar e a encantar
Aplausos de pé, bravo!
Muitos emocionados a ovacionar.

Sob astuta regência
Seguem divertindo a todos
O coral nascendo vai
O encanto crescendo vai.


Kátia Bicalho- 11/11/13

JÁ É NATAL

Primeiro de janeiro
Ano novo vida nova
Vontade de renovar
Esperança a transbordar.

No mesmo mês, no dia de Reis
A Árvore de Natal vou desmanchar
Com muito carinho e cuidado
O presépio vou guardar.

Passo uns dias sonhando
Como foi bom o fim de ano
E quando acordo é dezembro
E ele está novamente chegando.

Me espanto quando vejo
Em todas as lojas da cidade
Luzes, enfeites e brinquedos
E um Papai Noel de verdade.

Mesmo assim volta a alegria
De nova árvore montar
Trazendo harmonia
No gostoso encontro familiar.

Kátia Bicalho – 22/11/2013

INTERIOR

Silêncio
Silêncio estranho
Silêncio tranquilo, morno
Silêncio zumbido inquietante
Sem esperança, sem força, sem brilho
Sim o sol está presente clareando
Clareando sol, clareando só
Não é de mim que falo
É de uma cidade
Que parece triste
E eu, presente nela
No interior dela.


Kátia Bicalho - 11/11/13

HISTÓRIA DE AMOR

Se conheceram em viagem de férias
Uma mulher e um homem de uma beleza só
Parecia conto de fadas
Numa cidade onde nascia o sol.

Foi amor a primeira vista
Um  homem de verdade!
Seduzia com seus beijos
E com sua personalidade.

Em mulher a transformou
E com que carinho o fez
Se sentiu  tranquila e confiante
Mesmo sendo a primeira vez.

Eram tão apaixonados
Cada encontro uma emoção
Foi paixão avassaladora
Como um filme de ficção.

Tudo acabou muito estranho
Até hoje ninguém sabe a motivação
Dizem que valores familiares
Deram um tom na questão.

Nunca mais se encontraram
Cada qual seu rumo seguiu
Mas foi uma história tão bela
Que em poesia ressurgiu.


Kátia Bicalho – 13/12/13

JARDIM

Cada dia que amanhece
Tem um broto no jardim
É só regar novamente
A flor surge sorrindo para mim.

Se pudesse plantaria em toda parte
Quebraria o negro asfalto
Onde colocaria verde grama
Para deitar e rolar com quem se ama.

Belas árvores frondosas
Plantas robustas e formosas
Que com o vento, em  linda dança,
Espalhariam a esperança.

Se esta rua fosse minha
Eu mandava modificar
Minha rua então seria
Um jardim espetacular.

O orvalho da manhã
Todas as flores vai molhar
E à noite no silêncio
Pensarão em desabrochar.


Kátia Bicalho – 16/11/2013

ESCREVER MAIS

Escrevo assim
Com hora senhora
Ideias surgem da luz
Coloco-as para fora.

Indo para o lado da dor
Mas voltando a realidade
Seguindo por onde for
Relendo a raridade.

Pesamentos no liquidificador
Misturam dor com amor
O ar quente das narinas
Incendeiam as rimas.

Onde buscar emoção
Num espaço tão pequeno
Neste silêncio estranho
Sons cheios de veneno.

A mente sombria e acamada
Tira sua máscara suada
Refresca seu sentimento
Renova sua alma travada.


Kátia Bicalho – 11/11/13

EFEITOS

As gotas que caem do infinito
Apagam a poeira do mundo
Enchem de luz e vida as plantas
Acendem a fome de viver.

São efeitos muito entorpecentes
São puros e fortes como um dia que nasceu
Traduzem o mistério de ser
De maneira tão sensível
Que custamos a compreender.


Kátia B – 09/02/1981

DECRETO 2

Se ele fosse vivo
Saberia como lidar
Com situação tão difícil
Que teima em atormentar.

Mas hoje qualquer vivente
Vive tanta coisa diferente
E nesse batente
Tem pouco tempo para outra gente.

Pensamento força noite e dia
E não encontra solução
Oxalá venha um decreto
Pondo fim nesta questão.



Kátia Bicalho – 17/11/13

CHUVA

A chuva veio com força
Depois de grande estiagem
Lavou as ruas e casas
E melhorou toda folhagem.

A cidade como sempre
Parou e se embananou
Os veículos atordoados
Buzinam feito aloprados.

A aragem que entra pela janela
Refresca ambiente e coração
Pois noticia que com a chuva
Água pura falta não.


Kátia Bicalho – 17/02/14

CASTELOS

Quero me deitar com você
Numa cama de espinhos.
Quero morrer de dor.

Quero gritar e sentir cansaço,
Quero dormir e acordar nua
E andar assim pela rua.

Mas quero cobrir o meu rosto,
Quero que me joguem pedra,
Quero sangrar até o fim.

Quero atravessar montanhas
Andar quarenta dias talvez.
Passar pelo meio do mar.

Quero andar num cometa,
Virar estrela, transformar, transformar,
Voltar a ser gente e morrer.


Kátia Bicalho – 10/02/1981

ATUALIDADE

O mundo está carente de amor
De sonho, solidariedade e respeito
O medo toma conta da sociedade
E a impunidade do mundo do crime.

Os prazeres são terrenos e fugazes
Os vínculos frágeis e sensíveis
As relações andam na corda bamba
E as pessoas pouco confiáveis.

Para tudo! Podemos viver melhor
Temos que viver melhor
Depende da mudança de cada um
Mas junto com a mudança de todos.

É hora, é agora!
Rede social está aí, comunicação fácil e ágil
Grande impacto, para o bem ou para o mal
Vamos ser felizes agora, hoje e sempre.


Kátia Bicalho – 15/04/14

ANGU COM COSTELA

Prato bom, prato gostoso
Que só de ver dá água na boca
Provar então vira festa
Sujando a cara com o molho.

Depois de longa prosa e
Cafezinho na caneca
Só nos resta num cantinho
Ir tirar uma soneca.


Kátia Bicalho – 16/11/2013

À VOCÊ

Que fez o meu tipo
Que achei bonito
As vezes não.

Que chegou conversando
Acabou me beijando
Que confusão.

Que não queria a mim
Você é bem ruim
Alain Delon, pois sim!

Sempre no meu trajeto
E com papo de mulher objeto
Essa não!

Te dedico isto sem querer
E dê no que dê.
Mas pra quê?

Eu acho
Que até
Já esqueci você.


Kátia Bicalho - 

A NOITE

Era uma noite negra
Misteriosa como as outras
Dessas que criam novos fantasmas
Ou relembram os antigos.

Acariciada e abandonada pelo sol
Molhada e iluminada pela lua
A noite seguia acompanhada por
Amores, desamores e vozes
E nela não havia luz.


Kátia Bicalho – 09/02/1981