Ficar preso dentro de si
E tão fora da realidade
O mundo gira e quebra as sinapses
Que se desintegram pela metade.
Olhos e membros paralisados
O corpo meio inerte que se arrasta,
Pálpebras se dobram ao peso da visão
Que enxerga, sem ver, um pedaço da ilusão.
Nesse cárcere interno
O futuro não se desenha.
A linguagem se distancia
E a esperança
desbarranca.
O homem e o peso em suas costas,
O ombro não aguenta e se curva.
O alívio é necessário e vital,
Mas nenhum remédio cura esse mal.
Kátia Bicalho – 26/11/2015
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