O ambiente reprime
O artista vive mudo
O impulso da arte fala
Rompe a corrente da solidão.
Solidão que se transforma em forma,
Forma que vira rosto no final
Só rosto, presente ou ausente,
A paz em meio ao caos mental.
O pedaço de giz que se acaba
Atormenta o artista sem senso
O medo de não tê-lo apavora,
O suor brilha e o olhar assusta.
A lembrança do que foi,
A certeza de tudo perdido
O que resta é uma grande incerteza,
Daquilo que antes fora construído.
O olhar turvo e barrento
Vai em busca de nova inspiração.
O passo lento para o nada,
Ao giz presa como ponte de salvação.
Kátia Bicalho – 26/11/2015
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