sábado, 7 de maio de 2016

Jogando o Manto


A impossibilidade de viver o amor,
A lembrança do passado vindo,
A trinca do esmalte surgindo,
A aparência que o espírito não acompanhou.

Neste cárcere privado de um amor arrebentado,
Peço misericórdia pelo pecado que é meu,
Pela diferença cronológica que o destino ofereceu,
Peço clemência desse sorriso que é só seu.

Deus, meu Deus por que me abandonaste?
Ecoou por toda terra o gritou do filho do criador.
Pelo abandono sentido por um simples mortal
Grito e choro e este som não passa do portal.

Kátia Bicalho – 03/04/2016

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