O chão tremeu e abriu-se à minha frente
A visão perdeu o foco, ficando tudo embaçado,
E, no meio de uma nuvem espessa de fumaça,
Vi um rosto que não era meu ao seu lado.
O tremor se estendeu por intermináveis segundos
Tempo mais do que suficiente para me provar
Que era outro o sorriso ao lado do seu,
Que era outra mão que enlaçava o que, para mim, era meu.
Foi mais um soco violento no estômago
Que me fez vomitar todo sentimento retido.
Procurei um remédio bem amargo
E chorei um pranto incontido.
A gravura ficou presa em mim como alucinação
Mas farei dela a minha libertação.
Livre ficarei da sua insistente imagem
Que me atormenta de desejo e vontade.
Kátia Bicalho – 02/05/2016
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