Não escrevo mais sobre você
Não merece que gaste meu grafite
O universo gira, dança e retorna
E eu aqui esperando seu convite.
A sua imagem se esfumaçando,
Se perdendo entre roupas e tapetes.
O seu perfume se evaporando
Misturando-se a fragrâncias baratas.
A voz doce e sussurrante,
Que embalava meus sonhos,
Se calando num longo e profundo silêncio.
A esperança enfim, desfalecendo.
Não, não vou mais gastar meu grafite
Escrevendo, em várias laudas, extensas juras de amor
O lápis preto, apontado em riste, em cima da mesa
Ficará à espera de uma nova sobremesa.
Kátia Bicalho – 21/05/2016
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