A vida
continua.
O culto é
frágil e efêmero.
O tempo urge.
O sentimento
sublima.
O olhar
enruga mas, brilha.
O gosto pelo
que faz transcende a dor.
A falta se
esvai, o lugar é ocupado.
A vida não para.
O rolo compressor
amassa e enquadra.
O quadro
fica pendurado esperando o verniz.
O olho pende e o cílio cutuca.
A voz
continua calada e o paladar já se exauriu.
O ouvido
seletivo ajuda a letra.
O Bê a bá e o bê i bi, ninguém ouve, portanto, ninguém
responde.
O horário
passou, a semana correu, o ano se foi.
O ritmo é
esse, não muda.
Nova adaptação,
novo rumo.
Tudo se
acomoda, mas por pouco tempo.
Kátia
Bicalho – 28/07/2017
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