sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Ninho Estranho

Ninho é sempre ninho
Preparado ramo a ramo com carinho
Para receber com muito amor
Aquele que sairá do ovinho.

É alegre e quentinho
Tem água e comida no biquinho
Tem asa para aquecer e
Para o pequeno ser proteger.

O tempo vai passando
O ninho se transformando
O ser crescendo, amadurecendo
E ninguém vai percebendo.

Aí, um dia, ele fica vazio e frio
O olhar então se volta para esse mundinho
E apesar de ser o mesmo cantinho
Vira um grande e estranho ninho.

Isso dói e dói para valer
Aceitar, acatar, resignar, acolher.
Nem sempre é tão simples assim.
Ressignificar é o melhor a fazer.


Kátia Bicalho – 23/08/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário