terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Tudo está apenas começando


A frase dita a quem
Dessa vida já se ausentou
Quer dizer, para ele o eterno
E, para quem fica, um céu ou um inferno.

O choro reprimido, o choro oco, contido
A falta de choro, a ilusão do decoro
O desconhecimento da realidade
Acima de tudo, a vaidade.

Vi no olhar, vi na aura
O invólucro importando mais que o conteúdo inerte.
Esqueceu de tudo. Tudo o quê?
Às vezes o real não é memorável.

Com certeza haverá reposição
A fila anda mesmo na contramão
A beleza encanta, enquanto o julgamento arranca de si
O próprio Deus e a esperança.

Kátia Bicalho – 13/10/2019

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