sábado, 17 de outubro de 2020

Minhas Mãos

Minhas são essas mãos

Há muito não afagam outras mãos

Há muito não percorrem outros músculos

Chegando de mansinho a alvos ocultos.

 

Estão limpas, mais finas e mais duras

Mais doloridas, sofridas, curtidas

Fazem arte em pedras, com ideias

Escrevem versos em mal traçadas linhas.

 

Mãos de manias, mãos de cera

Mãos que clicam, clicam com fervor

São muitas, me ajudam demais na rotina

São minhas, não são tuas, são elas, as mãos.

 

Kátia Bicalho – 20/12/2018

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