Minhas são essas mãos
Há muito não afagam outras mãos
Há muito não percorrem outros músculos
Chegando de mansinho a alvos ocultos.
Estão limpas, mais finas e mais duras
Mais doloridas, sofridas, curtidas
Fazem arte em pedras, com ideias
Escrevem versos em mal traçadas linhas.
Mãos de manias, mãos de cera
Mãos que clicam, clicam com fervor
São muitas, me ajudam demais na rotina
São minhas, não são tuas, são elas, as
mãos.
Kátia Bicalho – 20/12/2018
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