domingo, 29 de maio de 2022

Onde estou eu?

Onde me escondi

Procuro, procuro, procuro

E não me acho

A roupa que visto está vazia.

 

O coração que bate

Não zabumba direito;

O pensamento vazio me é inútil;

A fé obscura e inerte não absolve.

 

O mundo é tão pequeno

Não sei como pude me esconder tão bem.

Sempre fui boa em encontrar coisas escondidas

Mas, acho que essa virtude se perdeu.

.

Mas, serei persistente, disciplinada

Vou me procurar mesmo sendo eu uma agulha no palheiro.

Talvez eu possa estar dentro da lata de feijão, enrolada em alguma meia velha,

Num fundo falso de gavetas, atrás do armário, na caixinha de remédio.

 

Em algum lugar estarei eu, mesmo que quase sem vida

E me ressuscitarei com Lázaro

Sairei do sepulcro e com todas as forças

Me darei nova chance de voar nesse céu azul.

Azul da cor do mar!!!!

 

Kátia Bicalho – 12/04/2021

 

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