Onde me escondi
Procuro, procuro, procuro
E não me acho
A roupa que visto está vazia.
O coração que bate
Não zabumba direito;
O pensamento vazio me é inútil;
A fé obscura
e inerte não absolve.
O mundo é tão pequeno
Não sei como pude me esconder tão bem.
Sempre fui boa em encontrar coisas escondidas
Mas, acho que essa
virtude se perdeu.
.
Mas, serei persistente, disciplinada
Vou me procurar mesmo sendo eu uma agulha no palheiro.
Talvez eu possa estar dentro da lata de feijão, enrolada em alguma meia
velha,
Num fundo falso de gavetas, atrás do armário, na caixinha
de remédio.
Em algum lugar estarei eu, mesmo que quase sem vida
E me ressuscitarei com Lázaro
Sairei do sepulcro e com todas as forças
Me darei nova chance de voar nesse céu azul.
Azul da cor do mar!!!!
Kátia Bicalho – 12/04/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário