Nasci no dia 22 do 2, o ano não falo nem morta.
Diziam que 22 eram dois patinhos na lagoa.
Criança do interior de Minas Gerais
Vivia rodeada de muitos 22 na lagoa.
Escola primária, pública
Cabeça infestada de ideias e piolhos,
O que me fazia dizer que
Os muquiranas conversavam
Quando eu coçava a cabeça.
Eles falavam
22,22,22,22,22.
Imaginem agora essa data 22 do 2 de 22!
Noves fora igual a 1, o recomeço, o primeiro:
O primeiro abraço, o primeiro amor...
O primeiro ano sem pandemia (assim espero!).
Ah! Quantas esperanças estou depositando
Nesse novo ano, nessa nova lagoa, lotada,
mas, sem bate papo dos piolhos (que
espero não existam mais).
Cito algumas delas:
1: Ver o novo normal mais espiritualizado e afetivo;
2: Ter um poema publicado em mais uma antologia;
3:Viver 22 sonhos que pensava ser impossível...
Que tal? ...
Kátia Bicalho - 06/01/22
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