Vinte e quatro horas de paradeiro total
Silenciosamente remoendo passado
Inutilmente desenhando o futuro
Inconscientemente negando o presente.
Inércia total: corpo inerte, mente inerte
Estômago anestesiado, juízo aniquilado
Até o vento parou, o barulho estancou
O mundo, como estátua, cacrelou.
A decisão vai sendo adiada
Sempre, e a cada dia mais.
Amanhã tudo acontecerá
E nada sairá perfeito.
Só por um milagre, por força do além
Pois aqui em baixo sem decisão
Firme, embasada, diagnosticada
O outro dia será de estagnação
anunciada.
Kátia Bicalho – 20/10/2019
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