Creio, pero no mucho
Amo, pero no mucho
Odeio, pero no mucho
Confio, pero no
mucho.
O copo nunca está cheio
Sempre tem dois centímetros de vazio
De oco, de fundo, de chão
De medo, de dúvida, de solidão.
Dois centímetros de nada
Mas, e o ar que aí se estoca?
Não o vejo, não posso tocar
Mas a lei da física afirma que ele ali está.
Então o copo nunca está vazio
Sempre cheio de alguma substância
O que falta, você não distingue agora,
Mas vai entender quando sair mundo afora.
Puxo o fio para dar corda,
Boto pilha para pilhar,
Boto lenha na fogueira para esquentar,
Busco a natureza como forma de acreditar.
Kátia Bicalho
14/10/2019
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