Espera-se um
potro macho, parrudo
Aparece um
jegue fraco, rabudo.
Espera-se um
encontro quente, indecente
Acontece um
desencontro feito chiclete na boca sem dente.
Espera-se
ouvir uma música tocada por uma orquestra
Ouve-se um “Como
vai? ” sem nem enrugar a testa.
Espera-se um
corpo másculo, viril
Encontra-se
um frango desossado, peludo e maltratado.
Espera-se ao
olhar no espelho, um rosto transfigurado
Reflete-se
apenas um semblante adormecido inexpressivo.
Espera-se
reviver um sentimento adormecido, mas,
A realidade
cospe-nos na cara e no vestido.
Kátia
Bicalho – 20/10/20109
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