Olhamos tanta coisa em um dia
Vemos tantos rostos caras bocas a falar
Aí vem como coisa da pomba gira
A fixação de um olhar em outro olhar.
Basta isso para paralizar o mundo inteiro
Durante esse tempo que parece estagnado
Tudo acontece sem consentimento do meio
O ar nos pulmões rareia e o coração pulsa disparado.
Tudo que havia antes cai por terra
Nada resta e um novo mundo cresce
Esses segundos a sanidade enterra
E o desejo de um novo amor aparece.
O passado em fumaça se desvanece
O futuro se distancia para além do mar
Delicadamente o fugaz presente oferece
A delícia de um olhar em outro olhar.
Kátia Bicalho -02/03/2015
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