A gota de suor escorria pelo rosto lentamente,
Seguindo com precisão o contorno
Das marcas na pele deixadas pelo tempo.
O tom da pele entre o amarelo e pardo,
A barba branca recortada como moldura
Tudo meio tom sobre tom de uma pintura escura.
O som da voz sem emoção
Não trouxe à tona o sentimento efervescente
Do beijo quente na ponta da orelha.
Sem música, sem lágrima, sem dor
Sem tremedeira e sem emoção
Morre, sem nascer, uma grande paixão.
A gota de suor na altura do olho
Virou uma lágrima congelada em minha visão
Não conseguiu viver para cair no chão.
Kátia Bicalho - 01/03/2015
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