Insuportável ver dor naqueles olhos claros
Mais ainda no imaturo coração.
A encruzilhada se apresenta a frente
Bifurca-se entre o bem e a desilusão.
O rosto inerte em frente ao espelho
Olha fixo o quadro meio sem vida
Que se arrasta pelo chão de madeira
Como cobra d’água em noite fria.
Acende uma vela em oração, em vão.
Todos os santos invocados nesse favor
O mundo revirado de cabeça para baixo
Muda enfoque dado ao dissabor.
A vela queima próximo à imagem distorcida
De joelho ao chão implora e chora
A força da fé é o que impera nessa hora
Pede que um milagre ocorra agora.
A mente sabe, eu sei, todos sabem
Qual o caminho certo para seguir
No desamor, só o amor consegue
Um grande dilema diluir.
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