domingo, 2 de dezembro de 2018

Gente Louca


Tem gente louca demais!
Fico de cara, ôh meu!
Como Pode?
Cai no chão, levanta e nem sacode.

Gente que grita, fala alto.
Tem gente que bate em alguém,
Tem gente que corta órgãos. Como gente?
E nem dá bola para ninguém.

Gente maluca, sem dente e sem peruca
Gente que um dia foi criança
Mesmo que não dê para acreditar
E, agora na vida, só lambança para contar.

Segure o pé para lá não chegar
O limite é frágil e tênue
Entre lá e cá
Melhor em cima do rabo sentar.


E a vida continua, nessa simplicidade rotineira
Na loucura de pedra na peneira a rodar.
Sempre se colhe o que se semeia
Tendo tudo ou nada para semear.

Kátia Bicalho - 04/11/2018

A Dupla Face (Imagem)


A realidade é uma
Mas se multiplica no espelho
Na roupa jogada e refletida
Na laca preta do armário.

As formas visíveis
Contam o que vem dentro da cabeça,
Pois, se vê simplesmente,
Aquilo que se pode e se conhece.

A imagem refletida, duplicada
Diz coisas que não quero escutar
Pois na verdade, não tem nada para falar
Apenas fomentar divagações.


São imagens disformes, teratoformes
No fundo, hilários panos redobrados,
Sem nada para fazer
Muito menos para falar.

O mundo estapafúrdio criado
Em nada se identifica com nada
Não demonstra ódio nem amor
Não cheira à chorume nem à flor.

Kátia Bicalho – 04/11/2018

Livra-me Senhor


Livra-me Senhor.
De ter que fazer
Sem querer fazer
Dai-me livramento!

Livra-se Senhor
Desses barulhos nojentos
Cuida da minha misofonia
Destacando apenas sinfonia.

Livra-me Senhor
Da dependência e codependência
Do aliciamento, do esquecimento
Da incerteza e da cruel certeza.

Livra-se Senhor,
Do punk, do rap, da música eletrônica
Me envie CD de Mariza Monte
Tim Maia, Roberto Carlos e Gonzaguinha.

Livra-me Senhor
Dos corruptos do Brasil
Estejam eles em Brasília
Ou em qualquer parte desse solo varonil.

Livra-me Senhor
De violões desafinados
Cantos esguelhados
E toques indesejados.

Livra-me, dê livramento
De todo mal, de todo tormento
Deixe o caminho iluminado
Que saberei que estás ao meu lado.


Kátia Bicalho – 04/11/2018

Os patinhos



Os patinhos foram nadar
Para os filhotes ensinar.
Bate pata, olha pra frente
Se cansar pula pra terra bem rapidamente.

Na água movem-se em balé
Círculos de água fazem como a maré.
Nadam tranquilos na beira do lago, rodando por todos os lados.
São lindos os patinhos com seus olhinhos esbugalhados!

Kátia Bicalho – 25/08/2018

Laços e/ou Borboletas


Laços e Borboletas
Laços ou borboletas?
Fiz borboletas,
Viraram laços!

Viraram quadro,
Viraram presente,
Viraram passado e futuro
É, viraram pessoa querida ausente!

Para Patrícia, laços
Que representam vínculo e amizade.
É o que plantou com extremo cuidado
Agora terá laços para colher adoidado.

Para Patrícia, borboletas
Que representam a beleza, a leveza,
A vontade de ir em frente, (mesmo que seja em direção a um vulcão).
Vivenciar o renascimento, a ressurreição.

Laço que desata, borboleta que voa com leveza.
Liberdade de escolha faz parte da natureza.
Plantaremos um lindo jardim de rosas e ficaremos esperando 
Que um dia a borboleta volte e pouse ali, feliz, com sua delicadeza.

Kátia Bicalho – 21/10/2018



domingo, 21 de outubro de 2018

Sossego Desassossegado


Ando desassossegada
Na verdade prá lá e prá cá.
Faço coisa dia e noite,
Mexo, arrumo, faço e desfaço.

Madrugo literalmente
“Para fazer a mente”
Para pensar em coisas boas
Refletir sobre vida e morte.

Não sinto cansaço no corpo
Apenas uma sombra nos olhos
Nada que aquela sesta obrigatória não resolva
Aí, pronto, tudo volta ao normal.

Viverei toda minha vida
Em busca da plenitude
Procurando não me preocupar com o amanhã
Pois esse é um ilustre desconhecido.

Se, por um lado, eu nada fizer
O mundo vai continuar
Se, por outro lado, eu resolver algo fazer
O mundo continua, mas um pouco do meu jeito.

Kátia Bicalho – 11/10/2018


As Formiguinhas


Espertas, ligeiras,
O caminho, não erram nunca
Algumas carregam folhas,
Outras, penso eu, que andam à toa.

Quando percebem o perigo
Contam às demais, de ouvido em ouvido.
Eis que a correria começa
E em minutos dali vão se debandando.

Milhares de pontinhos pretos
Que se movem para um buraquinho
Sobem, descem, olham e voltam
O que terá no cérebro desses bichinhos?

Kátia Bicalho  - 25/08/20187

Custa Respirar?


Custa respirar
Apenas milésimos de segundo para gastar
Que irão a vida transformar e melhorar
Sem exagero, de todo o mundo?

Custa respirar
Parar e pensar
Pensar e repensar
Repensar e não fazer?

Custa respirar
Não ver chifre em cabeça de cavalo
Enterrar o ódio criado
E dar liberdade ao amor que nos foi por Deus doado?

Custa respirar?

Kátia Bicalho 27/09/2018

Galo Doido


Bico eles
Sou bicudo!
Bico eles
Sou Bicalho!

Tenho um canto que desperta o mundo
E com ele marco meu território, minha morada:
É aqui que vivo, é aqui que moro
Quem se atrever, leva esporada.

Sou Galo doido
Sou Galão da massa
Sou imponente
Sou resistente!


Kátia Bicalho – 25/08/2018

domingo, 23 de setembro de 2018

Meu Ex Quadro


Incrível meu ex quadro
Minha ex pintura de D’Vinci
Como em um segundo com você
Tantas marcas foram desenhadas.

Ainda penso em você
E me pergunto por quê?
Não segui os meus instintos
Perdi o tempo e o momento.

Seu cheiro de perfume com cachaça
Seu sorriso que me feriu como punhal!
Pela perigosa estrada ainda te procuro
Na esperança que consiga dormir no escuro.

Mas no meu caminho tinha uma pedra
Uma rocha instransponível
Parecia um paredão de aço
Por isso, em outro dedo, colocou o laço

Kátia Bicalho - 01/07/2018


Arte de Pedras



Minha arte é feita de pedras.
Frias? Nunca!
As pedras da minha arte
Tem nome, endereço e identidade.

Minha arte tem pedras do rio de Zizito, da Márcia
Do quintal da minha casa, da minha terra natal
Pedras das férias da Rita, do rio de Milho verde,
Pedras de Ouro Preto, das minas de Minas Gerais.

Tem pedras da Keila, da Dinalva, da Karine, da Giovana
Do Mercado Central e tantas mais!
Tem pedras da rua, da calçada, da construção e afinal
Tem pedra até sem pecado original.

Tem pedras da casa do rei,
Com detalhes tão pequenos de nós dois!
Pedras cheias de emoções, enfim
Tem pedra de Cachoeiro do Itapemirim.

Tem pedras do império da Fátima,
Das dores de Dolores, da pureza da Marilene
Da jovialidade da Lídia, da doçura da Suely,
Veja bem! Pedra, que até gosto tem!

Pedras vivas cheias de contos e encontros.
Arte feita de paciência, colando ponto a ponto
Arte de cantos e encantos, energia boa,
Esperança viva, cujo grito na rocha ecoa.


Kátia Bicalho – 21/10/2018

Mãe Zelosa


Mãe zelosa, esposa fiel
Ética, simpatia e força
Ali tem, ali fica, ali sobra!
Não tem quem não pare e a ouça.

A mãe zelosa,
Filho padre foi ter,
O do meio se casou
E pode um neto oferecer.

A caçula mais dura
Em outras terras foi viver
A árvore seca e infértil
Infeliz passou a ser.

Expulsou do ninho a mãe cansada
A mãe que ela não viu sofrer
A mãe zelosa e guerreira, ao invés de gemer
Se alegra, pois só agora liberdade pode ter.

Kátia Bicalho – 22/09/2018

Objeto de Arte


Cada objeto de arte
Construído com tanto esmero
De mim passa a fazer parte
Mesmo que a outros não agrade.

Parte do meu tempo ele carrega
Nesse tempo quantos pensamentos,
Construções e desconstruções
Que, na mente, vão se entendendo.


Kátia Bicalho - 25//8/2018

Minha Pedra


No meio do meu caminho
Também tinha uma pedra
Abaixei-me para pegá-la e vi que,
Dentro da pedra, existia uma alma.

A alma da pedra tinha um brilho
Esse brilho instigou minha retina
Minha retina enxergou vida
Bem no meio daquela pedra perdida.

A pedra arremessada com força
Retornou como um bumerangue
Estilhaçou a prepotência do meu ego e sua vivência
E dos caquinhos fez desabrochar nova consciência.


Kátia Bicalho 23/09/2018



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Pensamentos


De onde vem
Para onde vão?
Por quê nos atormentam
E às vezes nos alimentam?

São simples reações químicas
Conexões, sinapses,
São mesmo abstratos,
Ou se concretizarão passada a abstração?

Pensar muito cansa.
E pouco, descansa?
Pensar mal adoece.
Pensar bem, esclarece?

Será que sou real
Ou apenas fruto do meu pensamento?
Vou pensar sobre isso
Para esclarecer meu conhecimento.


Kátia Bicalho – 07/05/2018

Aprender


Aprender sempre
Com consciência
Sabendo que cada lição
É sempre mais do que dois mais dois.

Aprender com os sinais
Refazer o caminho
Entender, aceitar
E se encantar.

Para aprender, não tem idade
Basta ter olhos para ver,
Ouvidos para ouvir,
Voz para agradecer.

Quanto tempo perdido
Até abrir a visão e enxergar
Que sempre se pode começar, recomeçar
Porque nunca é tarde onde o tempo não existe.



Kátia Bicalho – 09/05/2018

domingo, 15 de julho de 2018

Duplinha de Dois


É muito fofo
Uma duplinha de dois
Normalmente dois irmãozinhos
Cada qual mais engraçadinho.

Tem também duplinha de três
Tem até de seis
E quanto mais vem chegando
Mais amor se semeando.

Ôs duplinhas abençoadas!
Alegria, criatividade,
Olhinhos brilhando, sorriso gritando,
Energia positiva espalhando.

Que Deus proteja todas as crianças
Do Brasil e do mundo
Que elas recebam muito carinho e amor
E um olhar especial de Nosso Senhor.

Kátia Bicalho
09/06/2018

Estrogonofe


Aprendi que originou-se na Rússia
Será que combina com vodka?
É a comida curinga da mesa
Feito na panela de barro e servida antes da sobremesa.

Vem visita hoje
O prato é estrogonofe.
“Tô com muita fome mamãe”
Venha que faço estrogonofe.

Acompanha milho, batata palha.
O prato fica com um tom amarelo
O arroz branquinho e soltinho
Torna o desenho ainda mais belo.

E é mesmo muito bom
Tem gente que costuma o prato lamber
Todos comem com prazer
Fica a dica, muito fácil de fazer.

Kátia Bicalho
09/06/2018

Garçom Amigo


Garçom, saiba que o meu amor platônico
Grande e inexistente amor
Vai se casar, não,
Já se casou.

Casou, mudou
Não me convidou
Nem a mim, nem a ninguém
Quem viu, viu. Será mesmo que existiu?

A ficha não caiu
Quero crer, mas não posso acreditar
Casar para quê?
Quando será que vai se separar?

Torço pela felicidade do noivinho
Jamais lhe desejarei o mal
Apenas quero que, com sua luz acessa à noite,
Pense um pouquinho em nosso carnaval.

Kátia Bicalho
09/06/2018

Símbolo da Vida


Fazendo um túnel do tempo
Uma recapitulação da vida
Para procurar um símbolo
Que represente a história vivida.

Fui rolando pela linha do tempo
Passando pelos ciclos dos acontecimentos
Não descobri nenhum monumento
De hoje até o nascimento.

Vou escavacar mais profundo
Pois não me conformei com essa falta
Qual imagem do meu eu teria melhor efeito
De virtude ou de defeito?

Algumas imagens constantes:
Peixes, trevo de quatro folhas, pedra, água
Jabuticaba, olho, luz, dente, cruz, funil
Mas até agora foi o violão o que mais seduziu.

Kátia Bicalho, 14/07/2018.

Síndrome do Caranguejo


Ilusão, pura ilusão
Espelho quebrado
E luz apagada.

Pode ser também
Espelho cruel
Imagem pura e fiel.

O que se passa
Na alma? Eu sei:
Transparência e invisibilidade.

A falta de significado
E de importância pesam
Os óculos embaçados, cegam.

Os caranguejos do balaio não vão sair
Um puxa o outro para baixo
Se aqui me encontro, aqui te acho.

Kátia Bicalho
01/07/2018

Que Arte é Essa?


Que arte é essa
Que bloqueia a criatividade
Que só valoriza a beleza
Que não tem individualidade?

De quem é essa arte
É minha ou dela,
Qual significado vai ter
Que reflexão vai levar a fazer?

De novo o estômago às avessas
Bombardeio de ideias e pensamentos:
Vou questionar ou vou parar?
Vou de ônibus ou deixo o carro no estacionamento?

Primar pela beleza e pelo acabamento
Não é bem por aí meu discernimento
Crio projetos e coloco em ação
Escuto menos meu olhar e mais meu coração.

Para tudo! Para o mundo que eu quero subir
Inspira, expira, respira.
Se estou aqui é aqui que deveria estar
Então, o que posso aprender e também ensinar?

Coração aberto, mente oxigenada
Energia com foco na imaginação
Posso embrulhar meu projeto em cetim
E sair por aí procurando a pedra certa para mim.

Posso também continuar
Na minha arte, beleza colocar.
Minha mensagem será dada
E aos olhos dos outros, admirada.


Kátia Bicalho – 13/07/2018

Home Sweet Home


É proibido gastar, é proibido ficar em casa
Se gasta, é compulsão
Se fica em casa, é sinal de “deprê”
Ou será de maturidade?

Se gostar de ficar em casa é patológico
Então sou a Maga Patológica;
Se é sinal de maturidade,
Estou caindo de madura e já posso ser colhida.

Minha casa tão pequenina
Sete cômodos tão bem distribuídos
Se bem que às vezes parece um castelo
Outras, uma lata de sardinha ou doce de marmelo.

Meu cantinho do céu
Minha poeira acumulada
Meu sistema de mil informações
Meu ateliê de confusões.

Todo dia ao sair de casa agradeço a Deus
Ao entrar em casa agradeço em dobro
Está precisando de reforma, está
Mas, nem por isso, parece um lar de ogro.

Belo Horizonte, 15/07/2018


sábado, 9 de junho de 2018

Toma conta da sua vida



Escravos dos problemas
Pelos outros arranjados
Nós que andamos na linha
Somos sempre atropelados.

Dizer muito não
Dá tristeza no coração
Mas dizer sempre sim
É andar sem direção.

Neste embate angustiante
Levamos a vida adiante
Quem diria heim "Nercina"
Que esta seria sua sina.

Do tempo que aqui nos resta
Vamos fazer uma festa
Por isso digo agora
Problema alheio cai fora!

Kátia Bicalho -04/11/14



Luz e Brilho


Clara luz que nos alumia, amarela
Enquanto lá fora a lua brilha.
Mas não se vê daqui
Pois a chuva embaça o céu e o clarão não alcança a retina.


Forte nuvem, fraca lua.
Fraca luz, forte chuva.
A lua não se envergonhou de estar nua
Nem o poeta da sua rima que insinua.

Kátia Bicalho – 10/12/2016

Ano de Copa


Que delícia!
Ano de copa
De repente me bateu uma sensação agradável!

Vamos esquecer um pouco nossa justiça cega
Nosso povo do “jeitinho”
Nosso “vou atrasar um pouquinho”.

Vamos esquecer um pouco essa insegurança cruel,
A burocracia, a ineficiência e a velha inoperância
Arredar prá lá toda essa geringonça!

Vamos gritar, cantar, nos emocionar,
Vamos marcar encontros nos barzinhos,
De verde e amarelo como nossos canarinhos.

Vamos xingar o gol perdido,
O juiz, a mãe dele e toda sua geração
Vamos arrancar os cabelos e ajoelhar no chão.

Vamos deixar a adrenalina circular
Isso faz parte da nossa cultura
É nosso, é nosso jeito.
Quem sabe um dia isso deixe de ser um defeito!

Vamos nos divertir
Dar risada, cantar o hino, deixar a lágrima correr
Tampar os olhos para não ver
Quando for hora de pênalti bater.

Não vou perder tempo
Vou organizar a torcida
Churrasquinho em casa, bar ou restaurante
Na rua, no ap ou na casa do vizinho.

É só um mês
São apenas jogos de futebol
É só uma taça de ouro
E um mundo de prazer.

Isso não é mal, isso é bom
Sem misturar alhos com bugalhos temos esse direito sim
O que precisa mudar no país não é o futebol, não
Copa é copa alegria espalhada nesse mundão.

Depois vem eleição. Aí, sim, teremos que ter a mesma garra
Gritar, espernear, e votar bem
Nossos representantes são a nossa cara
Que cara você tem?

Vale dizer que esse ano já acabou
Pois tem copa e eleição
Que Papai Noel, com nossa ajuda, nos traga então
Um Brasil sem corrupção!

Kátia Bicalho – 09/06/2018




quarta-feira, 25 de abril de 2018

Saindo do Casulo


Ajudamos profissionalmente? Perguntamos a ela.
Respondeu prontamente: - Se ajudou? Virei gente!
Disse com a carinha mais doce
E uma alegria transparente.

Ela vai sair do casulo ou romper a casca do ovo
O rebento é uma menina
Que não sabe, mas está pronta
Para enfrentar seu mundo novo.

Vai carinha de menina, vai docinho de coco
Vai firme de corpo inteiro
Se pintar algum receio
Lembre-se que, com você, está um “GEARE” inteiro.


Kátia Bicalho – 20/04/2018

Right or Left


I don’t know!

Fora ambos!

Ambos estão levando o país ao caos
Ambos estão desorientando a população
Ambos estão aguçando a violência
Ambos estão destruindo os valores éticos e morais.

Ambos estão enlouquecendo as crianças,
Os jovens, os trabalhadores, os idosos,
Os adultos, as mulheres brancas, negras, fortes, frágeis
Onde se espelhar? Onde encontrar modelos para cultivar?

No momento o beco está sem saída e não há luz no fim do túnel
Nada se apresenta como lâmpada para clarear a imensa escuridão
Atiço os cinco sentidos e me viro de ponta cabeça
Provo, ouço, vejo, sinto mas recebo apenas tiros de bala de escopeta.

Kátia Bicalho – 14/11/2017



Fique Atento


Psiu!
Atenção!
Fique atento!
As coisas estão mudando
E começam em algum lugar.
Observe!
Esteja presente e integrado
Para não perder as nuances
O ritmo está acelerado
Acorde!
Se dormir o cachimbo vai cair!

Kátia Bicalho – 16/02/2018

Fazer o Melhor


Para o café da manhã
O almoço, lanche e jantar
Com temperos especiais
E pitadas de amor.

Para passar o dia e
Para dormir à noite
Utilizar os itens necessários
Sem pressa nem afoite.

O tempo será um aliado
O vento soprará para a poeira limpar
A chuva molhará a terra
E o cheirinho se espalhará pelo ar.

Kátia Bicalho – 20/03/2018

Basta Beber


Não se tenta beber água.
A gente pega o copo e bebe!
Por que que, em outras sedes,
Não se toma a “água” da mesma forma?
O que impede de querer e fazer?

Por que não olhar dentro de si
Ouvir o coração bater
Sentir o ar entrar
E o alimento te fortalecer.

Encontrar a fonte de água pura
Manter a vigília e a oração
Do amanhecer ao anoitecer
Pai tenho sede!
De todas as águas quero beber!

Kátia Bicalho – 16/02/2018

sábado, 24 de março de 2018

Bom Senso



Se tem palavra que me define
Essa é Bom Senso
No dicionário: prudência, circunspecção
Percepção, sentido
Observar o que está em volta
Dar atenção ao momento
Empoderar-se do entendimento.

As palavras são para serem ditas e escritas
Mas antes disso pensadas,
O bom senso é a média
Nem oito, nem oitenta
Mas se cansar sessenta!

A inversão que o planeta está vivendo
Muitos se esqueceram dessa palavra
Que chegue o tempo da confluência
Para que ela seja bastante cantada.

Kátia Bicalho – 14/10/2017

quinta-feira, 22 de março de 2018

Sim, Eu me Amo


Descobri que me amo demais,
Pensava ao contrário
Que não gostava de mim
Que minha auto-estima era baixa.

Que nada! Custei para acordar
E sabem o que descobri?
Que me prefiro a outras pessoas
Que suporto bem tiques, mas, somente os meus.

Que arrepio com os barulhos alheios
Mas, os que faço, são música para meus ouvidos.
Que o fio dental, da higiene bucal, de outrem
É pior do que ser esmagada por um trem.

O cheiro, o gosto, as manias, o almoço
Tudo meu acho mais proveitoso
Mas tolerável, mais educado, mais belo
Gosto muito de estar comigo mesma, essa lesma!

E como disse o poeta:
“ Eu me amo, eu me amo,
Não posso mais viver sem mim!”

Kátia Bicalho – 12/03/2018

Que Fundo é Esse


Que tormento é esse
Um buraco no estômago
Parece que furou e de ar se encheu
Comeu, bebeu e não resolveu.

Que fundo é esse!
É para frente ou para trás
Que substância tem carência?
Me fala que compro na esquina
Mas acabe com essa dor fina.

Parece que está subindo
Pois a boca seca ficou
O olho parece molhado
O ouvido zumbizado.

O buraco ronca e não me deixa dormir
Cutuca o sono para algo engolir
Se não ganhasse peso
Pensaria em deglutir.

Kátia Bicalho – 14/03/2018

Padecimento


A vida vai nos mostrando
A cada fase uma verdade
E agora podemos entender
O que nossos antepassados precisaram viver.

Ninguém nos contou
Onde haveria merecimento,
Onde haveria luta
E onde haveria padecimento.

Cada um aprende a seu tempo
Uns entendem melhor
Outros deixam pra lá
E alguns morrem arrastando a dor.

A diferença de comportamento
Com situações parecidas
Reflete a norma da vida dos sete bilhões de indivíduos:
Cada um é um ser diferenciado.

Não há receita de bolo
Nem como desviar do problema
Resolver tê-lo é ter,
Resolver ignorá-lo é ter,
Resolver enviar o pé na jaca é quase não ter.

Kátia Bicalho – 12/03/2018

Inóspito e Inusitado!


O ser humano ocupou o planeta
Desde então nada mais foi igual.
E até hoje surpreende com atitude
Incrível, Inóspita, inusitada!

Tecnologia, física quântica,
Nanotecnologia, telepatia,
Visita a outros planetas
E ainda se mata “por” amor!

Globalização, informação rápida
Internet, instagram, facebook
E a mulher ainda é vítima de violência
É estuprada e violentada.

Veio Buda, veio Jesus, veio Brahma
Desmond Tutu, Nelson Mandela
Madre Teresa de Calcutá, Papa Franciso,
E ainda aprecem Trumps e Kim Jung-uns.

A conclusão a que se chega:
O mundo é redondo, o mundo é um moinho
Entra farinha de trigo,
Sai sabugo de milho. 
Morou!

Kátia Bicalho – 11/03/2018

Difruceira


De novo não!
Corpo e alma saudáveis
Essa imunidade baixa
Falta de crença real
Cutucada para mudança.

Ponta afiada da faca
De “dois legumes, como diz o outro!
Lembrei que vi escrito também
“Frutas Ele Gumes”.
Ah ! Gente!
Só nesse brasilzão
Sem fundo esse mundão!

Estagnou, parou, travou
Resfriou, espirrou, cafungou
Levantar com pé direito
E mudar alguma coisa
Se você faz tudo do mesmo jeito
Mesmo resultado terá.

Portanto, antes do médico receitar
Antes do remédio comprar
Antes do dinheiro gastar
Fique em silêncio e ouça:
Seu corpo, seu coração, sua emoção!
Aí a resposta certa virá com exatidão.


Kátia Bicalho – 11/03/2018

Derretendo


Manteiga no milho verde,
Vela acessa na missa,
Parafina na panela quente,
Sorvete na casquinha,
Chocolate na mão,
Plástico no fogo,
Lesma no sal,
Esculturas no gelo,
E eu nesse calor!



Kátia Bicalho – 08/03/2018

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Almas Gêmeas


Agora sim,
Acredito em você.
Virá quando puder
Mas com flores para surpreender.

Vou aguardar tranquila
Cuidando da alma e do corpo,
Nossas verdades estão se desvendando
E eternamente juntas vão ficar.

Viveremos lindos momentos
Transparentes, sólidos, libertos.
Os conflitos serão resolvidos
E toda sujeira será removida.

De luz seremos alimentados,
De água pura nossas vidas inundadas.
A felicidade que procuramos, em momentos ardis,
Aparece agora bem à frente do nosso nariz.

Kátia Bicalho – 05/02/2017



Virá


Virá sim, o homem divino
Repleto de paz interior e  
Cuidado misericordioso.

Virá sim, na era Diamante,
Derreterá o ferro e sua ferrugem
Soprará para longe toda tóxica fuligem!

A fé voltará a remover montanhas
E abrir estradas no mar.
A água pura nos molhará!


Kátia Bicalho- 04/04/2017

Única


Única, segura e bela
Leve, pura, delicada
Comove, amansa a alma
Está tudo bem, estou aqui.

Única mas não está só
Se encontra em si mesma
Transborda confiança e alegria
Se afoga no oceano de magia.

Única, como eu, como você
No planeta nenhuma igual
Tem seu papel no universo
Mesmo que seja para ser citada num verso.

Kátia Bicalho – 23/08/2017

Projeto Ressignificar


O projeto Ressignificar, de autoria da dentista aposentada e servidora pública Kátia Bicalho dos Santos, objetiva reforçar que a arte é um importante instrumento para reflexão.
Especificamente, nesse projeto, a proposta é pensar sobre a importância de olhar com atenção para o mundo ao redor, chamar a atenção para o adoecimento do planeta, a necessidade de cuidar do mesmo e também de ver a beleza e a potencialidade do que é simples.
A autora utiliza folhas, flores secas, encontradas nas ruas e que possuem uma beleza infinita, cada uma com sua cor, seu tipo, sua diferença, sua autenticidade, qualidades que não são percebidas na correria do dia a dia.
Cada peça é única e a colagem feita no momento em que é projetada a sua identidade. É um trabalho descompromissado com qualidade do material utilizado, acabamento, com o layout, mas, não com o seu lema: liberdade. Liberdade de escolha consciente, de escolha com conhecimento, com integração ao seu eu real, ao seu planeta e com a conexão maior: o Amor Supremo.

Belo Horizonte, 22 de setembro de 2017

O Ninho das Águas


O ninho das águas é meu coração
Está aberto ao desague delas.
Água de cachoeira com sua bruma
Cai bem do alto num belo salto!

Água do mar, salgada, valente
Adrenalina solta,
Água alegre, brincalhona
Molha tudo, até a barraca de lona.

Água de chuva, coisa engraçada
Água caindo do céu!
Chuva fria, chuva ácida
Molha a terra que fica verde, em gratidão.

Água do pranto que desce devagar
Colocando para fora toda emoção.
Água benta que alivia
Os temores com seu perdão.

Sou ninho de água!
Dessa molécula de vida
Película pequena, transparente
De toda criação a mais indulgente.

Kátia Bicalho – 13/08/2017


O Gavião Rei


Ave, ave Suprema!
O rei dos céus,
O maior de todos,
O predador imbatível!

Seu lindo voo, lindo corpo
Pose real, bico expressivo
Neutraliza o vento
E flutua no ar.

Em seu voo, a linda natureza pode observar.
Vislumbra todas as paisagens,
Suscita raiva, medo e pavor
Mas também muito amor.

Voa meu rei seu voo soberano!
Fazer de ti um vilão,
É um ledo engano.
Belo galã! Avião Gavião!

Kátia Bicalho – 18/04/2017


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Sonhos ( música)

Poder Espiritual
Pureza original
Alma em forma de luz!

Verdade que me conduz
Paz divina que seduz
Equilíbrio libertador!

Pai supremo, o seu amor
A minha’alma iluminou
Pai supremo o seu amor
A minh’alma iluminou!

Amor transformador,
Amor transformador,
Amor!!!


Kátia Bicalho – 26/01/2018